Sul Fluminense
No encerramento do Agosto Lilás, a apresentadora e criadora de conteúdo Patrícia Ramos emocionou mulheres atendidas pelos Centros Especializados de Atendimento à Mulher (CIAMs e CEAMs). Em um relato íntimo, ela contou como enfrentou diferentes formas de violência física, psicológica, moral e patrimonial, e a dificuldade de romper o ciclo devido às pressões sociais.
“Cresci em um ambiente em que o casamento era visto como troféu. Demorei a entender que ninguém vive a minha vida além de mim. Quando percebi isso, consegui tomar coragem para me separar”, contou.
Patrícia reforçou ainda a importância da autonomia financeira como ferramenta essencial para a liberdade.
“O trabalho e a independência financeira são fundamentais nesse processo.”
Um espaço de acolhimento
O encontro, promovido pela Secretaria de Estado da Mulher, aconteceu no Espaço Manancial da CEDAE. Além da roda de conversa, contou com oficina de maquiagem, apresentação cultural do Passinho Carioca e uma exposição de telas produzidas por mulheres em situação de violência.
Patrícia destacou o poder do acolhimento coletivo.
“É muito bom estar em um espaço onde nos escutamos. Esse lugar dá colo, força e esperança.”
A empresária Karen Trajan também compartilhou sua experiência de superação, ressaltando a união feminina como forma de enfrentamento.
Mulheres atendidas pelos Centros tiveram espaço para dividir suas próprias histórias. Uma delas, identificada como Lúcia, emocionou ao dizer.
“O CEAM tem sido fundamental para eu me reerguer. Ver que outras mulheres superaram me dá a certeza de que também vou ficar bem.”
A secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar, destacou a força da rede.
“Os Centros são verdadeiros oásis de acolhimento e amor.”

Cores de recomeço
Entre maio e julho, oficinas de pintura realizadas nos CIAMs e CEAMs mostraram como a arte pode ser um instrumento de cura e autoestima. As telas produzidas foram expostas no encerramento do Agosto Lilás.
“A arte transformou dor em novos significados”, destacou Giulia Luz, superintendente de Enfrentamento às Violências.
Rede de proteção ativa
O Governo do Estado mantém uma rede de apoio com três Centros Especializados, 14 Delegacias de Atendimento à Mulher, Patrulha Maria da Penha, além de unidades de saúde com equipes capacitadas.
Somente em 2024, já foram 11 mil atendimentos realizados nos Centros, oferecendo suporte psicológico, social, jurídico e de capacitação profissional.

















