Agosto lilás – violência contra mulher

A história de amor que não dói, não humilha e não machuca - eu mereço

por rayla peixoto

Você, sua prima, uma amiga, a vizinha, a colega de trabalho ou a moça triste e calada sentada ao seu lado. Como identificar e ajudar a si mesma ou uma mulher que esteja sofrendo violência.

Você sabe identificar os tipos de violência?
-Violência física acontecem as agressões.
-Violência psicológica envolve humilhações, xingamentos, perseguições e ameaças.
-Violência moral espalha-se boatos, mentiras ou faz exposição.
-Violência sexual vai desde a relação sexual sem consentimento até a proibição do uso de métodos contraceptivos.
-Violência patrimonial econômica controla o dinheiro, destrói suas coisas, não deixa trabalhar ou oculta bens e propriedades.

 

A violência psicológica é velada – silenciosa e não deixa marcas físicas, mas seu sofrimento é devastador e pode deixar graves consequências para uma vida toda. Como baixa autoestima, danos emocionais e no desenvolvimento pessoal da mulher.

A violência começa sutil, ninguém chega batendo o pé na porta. Geralmente em relacionamentos abusivos os parceiros utilizam estratégias para tornar a mulher dependente emocionalmente dele, uma vez que se sente sozinha acredita que a única pessoa que pode contar é o próprio abusador.

Nesse ambiente acontecem ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento social (proibir de estudar, contato com amigos e parentes), vigilância constante, perseguição, insultos, chantagem, exploração, limitação do direito, ridicularização, tira a liberdade de crença e distorce ou omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre sua memória ou sanidade mental.

 

Esse abuso psicológico pode desenvolver transtornos como depressão e ansiedade, além de baixa autoestima, medo de tomar decisões, se sente culpada por todos os problemas da relação, não veste roupas que gostaria, não tem controle sobre suas finanças. Se torna uma mulher triste, aparentemente frágil, com comportamentos sabotadores, pensamentos negativos sobre si mesma, o mundo e os outros.

E como ajudar uma mulher vítima de violência
  • Acolher sem julgamentos, muitas vezes ela não reconhece o ciclo de violência que está sofrendo ou não tem condições de acabar com o ciclo.
  • Ajuda e apoio para registrar as denúncias de violência nos órgãos competentes, ligue 180(Deam).
  • Se você for uma pessoa próxima da vítima, incentive a buscar ajuda, o acompanhamento psicológico é fundamental nesse momento. É no processo terapêutico que muitas mulheres se reconhecem em relacionamentos abusivos e assim conseguem romper o ciclo vivido, se fortalecerem e viverem a vida que realmente merecem.

Algumas mulheres têm consciência de que estão em um relacionamento abusivo, mas por conta da baixa autoestima e a visão negativa de si mesmas aceitam as situações, ou por estarem apaixonadas pelo parceiro e acreditarem que vão mudar, ou pela dependência financeira. Nesse tipo de relacionamento a submissão está fortemente presente, a mulher sofre com grosserias, humilhações e agressões, mas acreditam que é responsável por isso. “Se ele me trata mal é porque fiz algo errado.”

 

Entender o tipo de relacionamento que está vivendo e identificar como pode quebrar esses ciclos para se tornar protagonista da sua própria história, buscando uma vida afetiva saudável.

Uma dica de leitura é o livro Sua história de amor – Um guia para compreender seus relacionamentos e romper padrões negativos. Obra de Kelly Paim e Bruno Cardoso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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