Por Luane Monção
Desde cedo, somos apresentadas a inúmeras figuras históricas que marcaram a sociedade com suas contribuições. No entanto, quando se trata de mulheres, sua representatividade já é reduzida — e quando falamos de mulheres negras, esse número diminui ainda mais.
Mas onde estavam essas mulheres ao longo da história? Por que não aprendemos mais sobre elas nos livros?
O Silenciamento das Conquistas das Mulheres Negras
Além do sexismo, as mulheres negras enfrentam o racismo estrutural, que há séculos invisibiliza suas trajetórias e contribuições. No entanto, muitas delas foram protagonistas de verdadeiras revoluções, impactando a cultura, a ciência, a política e a luta por direitos civis.
Suas histórias foram silenciadas, mas são essenciais para entendermos a construção da sociedade e da humanidade. Vamos relembrar algumas dessas figuras históricas que abriram caminho para gerações futuras.
Mulheres Negras que Marcaram a História

Dandara dos Palmares: Resistência e Luta pela Liberdade
Líder quilombola do século XVII, Dandara dos Palmares lutou bravamente contra a escravidão ao lado de Zumbi dos Palmares. Além de guerreira, foi estrategista na defesa do Quilombo dos Palmares, ajudando pessoas escravizadas a conquistarem a liberdade. Símbolo de resistência, sua trajetória ainda é pouco mencionada nos registros históricos oficiais.

FOTO DE ARQUIVO TOMADA EM 15 DE JUN99 – Foto de arquivo mostrando o ícone dos direitos civis Rosa Parks em uma cerimônia onde ela foi presenteada com a Medalha de Ouro do Congresso, em 15 de junho de 1999.
Rosa Parks: O Grito Contra a Segregação
Nos Estados Unidos dos anos 50, em plena vigência das leis segregacionistas, Rosa Parks se recusou a ceder seu assento em um ônibus a uma pessoa branca. Seu ato de coragem se tornou um marco na luta pelos direitos civis, inspirando mudanças na sociedade americana e no mundo.

Marielle Franco – Foto: Reprodução/YouTube
Marielle Franco: Voz Ativa Contra o Racismo e a Violência
Marielle Franco foi uma mulher negra, ativista, socióloga e vereadora no Rio de Janeiro. Lutava contra a violência policial e o racismo estrutural, pautando temas essenciais para os direitos humanos. Seu assassinato, em 2018, gerou comoção mundial.
O Papel da Memória e da Representatividade
Celebrar e dar visibilidade a essas histórias é um compromisso com a justiça e com a transformação social. Mulheres negras sempre foram protagonistas de mudanças essenciais na sociedade — e cabe a nós garantir que suas vozes nunca sejam apagadas.

