Beleza 50+: como marcas e influenciadoras estão mudando a narrativa do envelhecer

Redefinindo padrão, ressignificando tempo

por rayla peixoto

Sul Fluminense

O universo da beleza está passando por uma transformação significativa: mais do que esconder sinais de idade ou buscar o “eterna juventude”, marcas e influenciadoras estão elevando a partir dos 50+ uma nova ideia de estética, aquela que celebra a maturidade, o tempo vivido e o poder de estar em evolução.

Historicamente, a indústria da beleza destinava-se basicamente às mulheres mais jovens, com campanhas que promoviam a juventude como sinônimo de valor. Contudo, pesquisas revelam que mulheres acima dos 50 anos investem bilhões em cuidados de beleza e desejam ser representadas de forma autêntica.
Marcas como Trinny London, fundada pela empreendedora que tinha 53 anos na época de lançamento — decidiram não apenas incluir mulheres maduras em suas campanhas, mas fazer delas protagonistas. Essa mudança mostra que o público “50+” não é nicho residual, é segmento relevante e em crescimento, tanto em número como em influência e poder de compra.

Da invisibilidade à voz ativa

Mais do que a figura das campanhas, surgem influenciadoras e criadoras de conteúdo 50+ que mudam paradigmas: mulheres que passaram a dizer “eu estou aqui”, “eu mereço meu espaço”, e mostram que beleza não vê cronômetro. Por exemplo, o movimento marca-tema “beauty over 50” evidencia que as marcas já reconhecem esse público como estratégico.
Diante desse panorama, duas perguntas emergem e seriam ideais para responder com uma profissional de marketing de beleza ou uma consultora de imagem especializada em público maduro:

Como as marcas estão adaptando produto, comunicação e visual para o público 50+ sem reforçar estereótipos?

Que papel as influenciadoras maduras exercem na redefinição dos padrões de beleza e no empoderamento das mulheres nessa faixa etária?
A profissional mais adequada para responder tais questões poderia ser uma consultora de marketing de beleza ou estrategista de marca, com experiência em campanhas para mulheres maduras ou em “age-inclusivity”.

O que está mudando, de fato

Campanhas mais realistas: rostos com rugas, cabelos grisalhos, expressões sinceras, não mais “photoshop idealizado”.

Linguagem transformada: em vez de “anti-idade”, fala-se em “beleza madura”, “tempo vivido” e “evolução”.

Produto repensado: texturas, tonalidades, embalagens e até fórmulas são adaptadas para peles e estilos de vida diferentes, reconhecendo que a mulher 50+ não é igual à de seus 20 anos.

Empoderamento e identidade: a beleza deixa de ser apenas “melhorar aparência” e passa a ser “reconhecer valor”, “ser visível” e “ter voz”.

Por que isso importa

Quando uma mulher de mais de 50 anos se vê representada, nas revistas, nas campanhas, nas redes sociais, ela recebe duas mensagens poderosas: “Você importa” e “Você ainda tem muito por viver”. Essa mudança não é apenas cosmética: é social. Ajuda a derrubar o idadismo, a expectativa de invisibilidade e, acima de tudo, fortalece a autoestima.

Envelhecer já não é sinônimo de menos, é sinônimo de mais: mais experiência, mais escolhas, mais liberdade. E a beleza, nesse contexto, acompanha esse movimento.

 

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