A violência contra a mulher não tira férias!

Época de festas, comemorações, de férias... travamos um incansável combate contra a violência, ainda maior durante esse período

por diario delas

Por Luciana Pimental Cavallari 

Ao contrário do que muitos pensam, os índices de violência contra a mulher apresentam um aumento significativo durante as festas de fim de ano e as férias. Diversos fatores contribuem para esse fato e exige uma atenção redobrada da sociedade e autoridades.

Férias coletivas, escolares, confraternizações, oportunidades…

Nesse período o homem “agressor” permanece mais tempo em casa e a prática da violência é exercida com mais frequência.

Frases como:

“Não vejo a hora dele voltar a trabalhar, passa o dia todo reclamando, ameaçando a mim e as crianças.”

“Ele fica o dia inteiro sem fazer nada, só dita regras, reclama e eu tenho que me desdobrar, senão…”

 “As crianças não podem nem respirar, que ele já se irrita.”

“Férias pra ele, prisão para mim.”

são frequentemente ouvidas pelas vítimas de violência doméstica.

Discussões e tensões familiares podem ser geradas através de situações difíceis que foram acumuladas durante o ano, expectativas frustradas, ou até mesmo sem motivo aparente, desencadeando infelizmente atos de violência.

O consumo em excesso de álcool e drogas intensificam a violência contra a mulher, porque essas substâncias reduzem as inibições e exacerbam os comportamentos agressivos.

Agressões físicas, sexuais, morais, psicológicas, são manifestações de violência. A violência patrimonial também tem seu destaque neste período, como por exemplo a mulher que trabalha fora e nesta época recebe o décimo terceiro, e muitas vezes o “agressor” se apossa desse dinheiro extra.

Todos devem estar atentos aos sinais e situações explícitas de violência, a sociedade precisa estar sempre alerta.

Importante destacar que a busca por ajuda é fundamental. Os grupos de atendimento, os canais de denúncia e as autoridades estão prontos para entrar em ação e acolher a vítima em qualquer situação de risco.

O enfrentamento à violência contra as mulheres exige um esforço coletivo, a conscientização é de suma importância, a humanidade precisa adotar uma postura ativa e de total repúdio, isso é um problema meu, seu, de todos, a violência contra a mulher é mundial e deve ser repelida com todas as nossas forças.

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