Sul Fluminense
Ser mãe é assumir um universo de responsabilidades e, entre elas, está o desafio de fazer o dinheiro render sem deixar de lado o futuro dos filhos. Em tempos de inflação, imprevistos e tantas demandas, o equilíbrio financeiro se tornou uma ferramenta essencial para a tranquilidade e o planejamento familiar.
Muitas mulheres são as principais gestoras do lar, e, por isso, a educação financeira para mães vai muito além de planilhas e cálculos: trata-se de autoconhecimento, prioridade e propósito. É entender o que realmente importa e construir um caminho sustentável para o presente e o futuro. A especialista em finanças empresariais e pessoais Karolaine Carvalho conversou com o Diário Delas sobre esse assunto tão importante
Pequenos passos, grandes resultados
Organizar as finanças não precisa ser sinônimo de sacrifício. Começar com metas realistas e hábitos simples, como anotar gastos, evitar compras por impulso e ensinar os filhos sobre o valor do dinheiro, já faz toda a diferença.
Quando as crianças crescem observando atitudes conscientes, aprendem a ter uma relação mais saudável com o consumo e com o próprio dinheiro. Por isso, especialistas em finanças pessoais destacam a importância de incluir os filhos na conversa sobre orçamento desde cedo, adaptando a linguagem e os exemplos à idade de cada um.
“O ponto de partida é entender a realidade financeira, saber quanto entra e quanto sai. Anotar os gastos por algumas semanas ajuda a identificar padrões e excessos. Depois, organizar os gastos fixos, variáveis e definir metas de reserva. O controle deve ser simples e adaptado à rotina da mãe. Criar um momento semanal curto para revisar as finanças traz constância e tranquilidade. Aplicativos como o Mobills podem ajudar na organização”, conta a especialista em Finanças Karolaine Carvalho.
Outra dica importante é separar um valor mensal, mesmo que pequeno, para uma reserva de emergência. Esse hábito traz segurança em imprevistos e evita o endividamento. E, se possível, pensar em investimentos de longo prazo, como a previdência infantil ou aplicações simples e seguras, pode ser um bom começo para garantir o futuro dos pequenos.
Planejar é um ato de amor
Maternidade e planejamento financeiro caminham juntos. Cuidar das finanças é também cuidar de quem se ama, e reconhecer que pedir ajuda ou buscar informação é parte do processo.
Equilibrar orçamento, rotina, e responsabilidades pode ser desafiador, mas com organização e apoio, é possível viver com mais leveza e propósito.
“O dinheiro deve ser tratado com naturalidade, sem medo ou tabu. As crianças aprendem mais pelo exemplo: é importante trocar frases negativas por falas de planejamento. Envolver os filhos em pequenas decisões, como comparar preços ou economizar para algo desejado, ajuda a construir responsabilidade e consciência financeira. Mais do que poupar, é sobre ensinar a escolher com equilíbrio e propósito”, afirma a especialista.
Karolaine Carvalho – especialista em finanças