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Categoria:

Maternidade

Congelamento de óvulos: alternativa real para mulheres com câncer de mama que sonham em ser mães

por rayla peixoto 4 de setembro de 2025

País

O câncer de mama, tipo mais comum entre as mulheres (com exceção dos cânceres de pele, não melanomas), traz consigo não apenas o desafio do tratamento, mas também o medo de perder o sonho da maternidade. Avanços terapêuticos têm garantido maior sobrevida às pacientes, mas os efeitos da quimio e da radioterapia ainda representam um risco à fertilidade.

Em meio a consultas e exames, surge uma incerteza: é possível gerar um filho após o câncer? A partir desse dilema, estudantes de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB) realizaram uma revisão sistemática da literatura científica sobre a eficácia do congelamento de óvulos em mulheres com câncer de mama.

 

Congelar para sonhar

A proposta do estudo foi reunir e analisar criticamente as evidências já disponíveis sobre o assunto, que é objeto da oncofertilidade – área que une oncologia e reprodução assistida para preservar as chances de maternidade após a doença.

Os achados mostram que não há diferenças consistentes entre mulheres com câncer de mama e mulheres saudáveis quanto ao número de óvulos recuperados, sua maturidade e as taxas de fertilização. Protocolos com medicamentos de proteção mamária, como letrozol e tamoxifeno, também se mostraram eficazes, sem comprometer os resultados oncológicos ou reprodutivos.

“O que mais nos chamou a atenção foi a consistência: tanto o total de óvulos quanto os maduros recuperados são comparáveis entre pacientes oncológicas e mulheres saudáveis. Isso traz segurança para o aconselhamento médico e esperança para quem sonha em ser mãe”, destaca Luana Rafael, autora da pesquisa e aluna do nono semestre de Medicina do CEUB.

Os resultados reforçam que preservar a fertilidade em pacientes com câncer de mama é possível, seguro e deve ser tratado como um direito reprodutivo. O estudo ainda contribui para a discussão e construção de políticas públicas que ampliem o acesso à criopreservação antes do início do tratamento anticâncer, reduzindo desigualdades e garantindo dignidade às mulheres em idade reprodutiva.

“O impacto é duplo: fortalece o direito das pacientes e organiza a base científica para que novos avanços sejam possíveis”, explica a coautora Isabela Pedersoli.

Orientador do estudo, o médico Bruno Ramalho ressalta que ainda há muito a avançar: “Precisamos, cada vez mais, confirmar a segurança oncológica da estimulação ovariana para a coleta de óvulos, assim como a segurança da gravidez após a remissão da doença. Embora já existam evidências positivas, o medo de interferência negativa sobre o prognóstico da doença ainda limita encaminhamentos para a reprodução assistida pelo oncologista”.

Desafios e próximos passos

Apesar do potencial, ainda existem barreiras: o tempo curto entre diagnóstico e início da quimioterapia, os custos elevados, o medo de prejudicar o tratamento e as desigualdades de acesso. Para as autoras, os resultados da pesquisa dão base para integrar a orientação em oncofertilidade ao percurso terapêutico das pacientes e justificar linhas de financiamento para o congelamento de óvulos.

“Esse estudo é apenas um passo, mas um passo fundamental para mostrar que a maternidade após o câncer é uma possibilidade real. Preservar a fertilidade deve ser entendido como parte do direito à vida plena”, concluem as pesquisadoras.

Segundo o professor Bruno Ramalho, a orientação precisa ser feita o mais cedo possível: “para que haja tempo hábil para a coleta de óvulos, sem prejuízo do início do tratamento oncológico”.

 

Metodologia da pesquisa

A pesquisa do CEUB seguiu as diretrizes internacionais PRISMA 2020 e revisou 64 publicações científicas. Após critérios rigorosos, 18 estudos foram analisados com mais profundidade e incluídos no relatório final, disponível para leitura aberta na internet.

Foram avaliados o número e a maturidade dos óvulos, as taxas de fertilização, gravidez e nascimento de bebês vivos. “Nossa revisão sistemática organiza as evidências confiáveis e ajuda médicos e pacientes a tomarem decisões seguras”, finaliza Isabela Pedersoli.

 

 

4 de setembro de 2025
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Criança tem que ser criança: quais comportamentos os pais devem permitir, proibir e ficar atentos, segundo educadoras

por rayla peixoto 29 de agosto de 2025

País  

“É dever da família, da sociedade e do Estado garantir à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocar-los a salva de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, diz o artigo 227 da Constituição brasileira. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seus muitos artigos, garante ao menor o direito de brincar, praticar esportes, divertir-se e de ter preservando sua dignidade, identidade e valores.
Mas afinal, o que é ser criança? A viralização de um vídeo do influenciador Felca sobre a adultização infantil tomou o noticiário e as rodas de conversa no Brasil nos últimos dias, trazendo à tona importantes discussões: exposição precoce e sem filtro de crianças por adultos; crianças reproduzindo padrões e atitudes de adultos, sexualização de menores e a falta de uma “vivência de criança” desencadeada pelo excesso de telas que a sociedade atual vive.

Por que a criança tem que ser criança?

De acordo com Audrey Taguti, diretora pedagógica da  Escola Internacional Brasileira – BIS , de São Paulo/SP, a infância é uma fase insubstituível, que deve ser vivida em plenitude para que cada criança se desenvolva de forma saudável. “No desenvolvimento global do indivíduo, cada degrau é uma fase, e pular etapas faz com que a maturidade não acompanhe o que está sendo vívido”, explica. Para o especialista, a sociedade atual, marcadamente pela aceleração e pela exposição precoce aos estímulos do mundo globalizado, muitas vezes acaba antecipando a primeira infância e impondo experiências que não cabem à idade.
Essa passagem se manifesta em diferentes situações: desde o uso de roupas sexualizadas, que para uma criança não passa de vestimentas, mas para a sociedade representam uma substituição, até a entrega de celulares e acesso irrestrito às redes sociais, que despertam comportamentos incompatíveis com a faixa etária. “Cada fase precisa ser vivida com seus próprios brinquedos, vivências e limites. Quando isso não acontece, as etapas ficam inacabadas”, ressalta Audrey. Para ela, cabe às famílias e escolas fortalecer o caráter das crianças por meio de experiências culturais e pedagógicas — como o contato com o folclore e com brinquedos adequados à idade — e adotar a tecnologia de forma responsável, sempre vigiada por adultos, nunca como substituta da vivência infantil.


O que a criança pode e não pode fazer?

No estágio natural do desenvolvimento, a infância é marcada por momentos de brincadeira livre, experimentação e descobertas. É esperado que a criança explore diferentes tipos de jogos, crie histórias, invente personagens e se envolva em atividades lúdicas que estimulem sua imaginação e criatividade, sempre em um ambiente livre de pressões estéticas ou sociais.
“Conviver com crianças de faixa etária aproximada contribui para o desenvolvimento social e emocional, pois é também nesse contexto que elas aprendem a lidar com regras, resolvem conflitos e desenvolvem habilidades socioemocionais. Além disso, o faz de conta permanece como uma das formas mais ricas de aprendizagem: ao simular papéis sociais, a criança ensaia situações da vida real dentro de um universo seguro, ampliando sua compreensão do mundo e de si mesma”, explica Renata Alonso, coordenadora de educação infantil na  Escola Bilíngue Aubrick , de São Paulo/SP.
Em contrapartida, comportamentos que antecipam experiências adultas, como o uso frequente de maquiagem, roupas que sugerem uma sexualização da criança, consumo de conteúdos voltados para adultos ou a adoção de posturas que imitem a sensualidade, podem interferir nesse processo e devem ser evitados ou redirecionados pelos pais. “Isso não significa proibir toda forma de expressão, mas sim estabelecer limites claros para que a criança tenha uma maneira saudável, respeitando seu tempo e maturidade”, ressalta Renata.

Redes sociais e celulares: atenção redobrada

O uso precoce e sem supervisão da internet, aplicativos e das redes sociais é um dos principais vetores da adultização infantil. A exposição exagerada, a comparação com padrões irreais e a busca por validação por meio de curtidas e comentários impactantes diretamente a autoestima e a saúde mental.
“Além de proteger a criança contra conteúdos inapropriados e riscos como cyberbullying e assédio, é papel dos pais orientar e estabelecer regras claras sobre tempo de tela, plataformas permitidas e supervisão constante”, alerta Lena Cypriano, coordenadora pedagógica do colégio  Progresso Bilíngue , de Campinas/SP. Ela reforça que o ideal é adiar ao máximo a entrada da criança nas redes e incentivos de atividades presenciais, contato com a natureza e brincadeiras que estimulam habilidades reais de convivência.
“Muito se discute entre estudiosos em pedagogia a idade ideal para fornecer celulares às crianças, entre os 10 e 14 anos, e sempre com supervisão. Há países inclusive discutindo a exclusão total de celulares para crianças e adolescentes, impondo multas para pais, responsáveis ​​e plataformas que não cumprem. É uma discussão importante, que avançou no Brasil com a classificação dos aparelhos nas escolas, onde temos visto diariamente o efeito positivo nas aulas, com mais concentração durante as aulas”, finaliza.

 

29 de agosto de 2025
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Agosto Dourado: benefícios da amamentação também são para as mães

por rayla peixoto 21 de agosto de 2025

Sul Fluminense

Apesar da importância do aleitamento, a Psicoterapeuta da Apadefi destaca importância do vínculo e do apoio às mulheres que não podem amamentar.

Durante o mês de agosto, conhecido como “Agosto Dourado”, campanhas reforçam a importância do aleitamento materno. Muito já se sabe sobre os benefícios para os bebês, que, nos primeiros seis meses de vida, devem se alimentar exclusivamente de leite materno, nem mesmo água é necessária, pois o leite já garante nutrição e hidratação. Mas o ato de amamentar também traz diversas vantagens para a saúde física e mental da mãe.

 

Amamentação e saúde da mãe

A prevenção ao câncer de mama é uma delas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), durante o período de aleitamento, os níveis de determinados hormônios que favorecem o desenvolvimento da doença diminuem. Além disso, o processo favorece a eliminação e renovação de células que poderiam ter lesões no material genético.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), mulheres que amamentam têm 22% menos risco de desenvolver câncer de mama em comparação àquelas que nunca amamentaram. Esse índice pode chegar a 26% quando o aleitamento dura, pelo menos, um ano. A amamentação também reduz as chances de câncer de endométrio e ovário, no caso deste último, o risco cai 2% para cada ano amamentado. Outras doenças também entram nessa lista.

Estudos apontam redução de até 9% no risco de desenvolver diabetes tipo 2 para cada ano de amamentação. No caso das doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC), uma pesquisa publicada no Journal of the American Heart Association revelou que mulheres que amamentaram por mais de seis meses tiveram 23% menos chance de sofrer um AVC, enquanto aquelas que amamentaram por até seis meses apresentaram risco 19% menor.

Os benefícios não se limitam ao físico. O aleitamento também está associado à redução da depressão pós-parto e ao fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe e bebê.

A amamentação é um momento único de conexão, que nutre não apenas o corpo do bebê, mas também o vínculo emocional entre mãe e filho. O contato pele a pele, o olhar, o cheiro e o som da voz da mãe ativam no bebê sensações de segurança e acolhimento, enquanto no corpo materno ocorre a liberação de oxitocina, o ‘hormônio do amor’, que fortalece o apego”, afirma a psicoterapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Físicos (Apadefi).

“O toque, o carinho, o olhar atento e a presença constante comunicam à criança que ela é amada e segura, fortalecendo sua autoestima e sua capacidade de explorar o mundo. Quando a criança cresce em um ambiente repleto de afeto e disponibilidade emocional, tende a desenvolver mais resiliência, empatia e relações saudáveis ao longo da vida”, completa.

Apoio às mães que não podem amamentar

Especialistas reforçam que o vínculo entre mãe e filho também pode ser construído de outras formas e que é fundamental acolher e apoiar mulheres que, por diferentes motivos, não podem amamentar. Uma das formas de ajudar é incentivando e participando de iniciativas como o Banco de Leite Humano do Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda.

O projeto é único no Sul Fluminense e atende mais de 300 crianças por mês, com o apoio de mais de 30 doadoras cadastradas. O leite coletado é destinado a bebês prematuros e de baixo peso internados na UTI Neonatal, ajudando a reduzir a mortalidade infantil.

Qualquer mulher saudável pode ser doadora. O processo inclui cadastro, coleta de dados e orientação médica. A equipe do Banco de Leite realiza visitas domiciliares, capacita para a ordenha e ensina como armazenar o leite de forma segura.

Mais informações podem ser obtidas diretamente no Banco de Leite Humano do Hospital São João Batista, pelo telefone (24) 3339-4242, ramal 348.

 

21 de agosto de 2025
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Os desafios que ninguém conta sobre a amamentação

por rayla peixoto 12 de agosto de 2025

Sul Fluminense

Sempre achei que amamentar seria natural. Simples. Quase automático.
Tantas mulheres falam disso como se fosse um instinto humano. E, por isso, eu achava que comigo também seria assim. Eu tinha leite. Tinha o chamado “bico do peito”. Tinha vontade de amamentar de forma exclusiva o meu filho. Só não tinha um bebê que pegasse o peito.

Desde os primeiros dias, ainda no Hospital, tentei de tudo: posições diferentes, livre demanda, contato pele a pele. Fiz ordenha, usei coletor, comprei acessórios, pedi ajuda profissional. Meu bebê chorava de fome, mas não conseguia sugar o meu leite como deveria. Eu chorava junto. Dias depois, ele teve icterícia por baixa ingesta e precisou ser internado na UTI Neonatal.

Ver meu filho tão pequeno, deitado sob as luzes da fototerapia neonatal, com os olhinhos cobertos, foi um dos momentos mais difíceis da minha vida.
A culpa apertava ainda mais. E a fórmula, aos poucos, foi ocupando um espaço em nossas vidas que eu não queria abrir.

 

A culpa e o medo que ninguém fala

No meio disso tudo, nasceu um medo novo. Medo de que ele não se conectasse comigo.
Como se o vínculo entre nós dependesse, exclusivamente, da amamentação. Como se o amor que eu sentia só tivesse validade se passasse pelo peito.

Ninguém fala sobre isso. Sobre esse tipo de insegurança que aparece, sobre os olhares de julgamento quando a mãe pega a mamadeira, sobre a pergunta profunda e inconveniente: “ele não pegou o peito?”. Foi em um desses dias difíceis que ouvi uma frase que me marcou e me fez virar a chave. Minha prima, também mãe e melhor amiga, me disse com carinho e firmeza:

“Dar a fórmula não diminui a sua maternidade, vai muito além disso. Você continua sendo e sempre será o porto seguro dele, independentemente de qualquer coisa.”

 

Alimentar vai além da forma

Na hora, aquelas palavras pareceram simples. Mas com o tempo, eu entendi o tamanho do significado.
Maternidade é presença.
É acordar de três em três horas. É segurar o bebê no colo em apenas um braço, enquanto prepara a mamadeira. É o olho no olho no meio da madrugada. É cuidar com amor, mesmo quando o corpo está exausto e a mente esgotada. É quando você dá mais um passo, mesmo achando que chegou no seu limite.

Foi preciso tempo, e muitos choros, para entender que alimentar vai muito além da forma. Está no cuidado que eu dava para aquele pequeno ser que me tinha como o mundo inteiro.
A maternidade real é feita de planos que não saem como o esperado, de decisões difíceis que jamais imaginávamos ter que tomar em tão pouco tempo. E também de reconstruções. De recomeços. De versões nossas que a gente não sabia que existiam.

 

Toda história de amor merece ser contada

Hoje, meu filho está bem. Saudável, forte e feliz. E a nossa conexão é imensa.
Escrevo esse texto porque sei que tem muitas mães passando por isso. E se sentindo sozinhas, como se fossem exceção — e não são.
Falar sobre as dificuldades da amamentação não é desestimular as mulheres, mas acolher àquelas que tentaram de tudo, e não conseguiram. É olhar com empatia para todas as histórias, inclusive para a minha, que terminou com uma mamadeira nas mãos, mas um bebê contente.

Que a gente consiga, um dia, falar sobre amamentação com a mesma naturalidade com que falamos sobre amor materno: sem idealizações, sem romantismo, sem julgamento.
Só com verdade. Porque ser mãe já é, por si só, a tarefa mais exigente do mundo.

Que possamos, ao menos, torná-la mais leve com palavras que acolhem, e não ferem. Nem toda história de amor entre mãe e bebê passa pelo peito — e está tudo bem. Toda história de amor entre mãe e bebê merece ser contada.

 

 

12 de agosto de 2025
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Destaque na Flip, Andrea Nunes lança obra que reflete sobre os desafios da maternidade

por rayla peixoto 18 de julho de 2025

Paraty

A maternidade é transformadora, mas nem sempre os sentimentos que acompanham essa jornada são compartilhados com sinceridade. É essa lacuna que Andrea Nunes preenche com “Engravidei” (Editora Caravana, 2025, 142 págs.), livro que reúne crônicas escritas durante sua primeira gravidez e comentadas uma década depois. A obra, que começou como um blog terapêutico, traz crises hormonais, medos, comentários invasivos e discussões conjugais, tudo narrado com humor e ironia.

“Escrevi para desafiar os mitos da mãe perfeita e acolher mulheres que passam pela mesma coisa”, explica a autora. Os textos originais, quase inalterados, ganharam respostas da Andrea mãe, que olha para a Andrea grávida com afeto e compreensão. “Decidi não apagar nada. Revisitei uma parte de mim que ainda precisava ser abraçada”, revela. O resultado é uma conversa íntima entre duas versões de si mesma.

 

Na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2025, a autora vai participar do bate-papo “O que desperta a sua criatividade?” na Casa Caravana, no dia 02/08, às 10h e no dia 1/8, às 12h, fará o lançamento do livro em sessão de autógrafos no estande da com.tato, localizado na Casa Escreva, Garota (Travessa Gravatá 56c/d). Os visitantes da Flip poderão adquirir exemplares do livro diretamente no local. Em seguida, no dia 16/8, a escritora estará na Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto para lançamento e sessão de autógrafos a partir das 15h.

A escrita de Andrea tem a fluidez e o humor característicos de suas influências, como Luis Fernando Veríssimo, mas também carrega um tom confessional que ressoa com leitoras em busca de identificação. “A sociedade espera que a mulher grávida ou mãe se comporte de determinada maneira, e isso gera insegurança. Quis mostrar que sentimentos contraditórios são normais”, destaca. A estrutura em diário, com notas da autora anos depois, cria uma narrativa única sobre as camadas da maternidade.

Além de “Engravidei”, Andrea Nunes mantém a newsletter Andrea Me Conta, onde publica crônicas semanais sobre cotidiano, maternidade e escrita. O livro marca sua estreia solo após participar da antologia “Gradiente” (2024), que reuniu 22 autoras. Para o futuro, ela planeja um romance, mas adianta: “A escrita afetuosa e o olhar sobre as emoções femininas continuarão guiando meu trabalho”.

Sobre a autora

Andrea Nunes é publicitária formada pela ESPM e atua há mais de 12 anos no agronegócio, mas é na escrita que encontra seu porto seguro. Natural de Jaú (SP), vive em São Paulo com o marido e os dois filhos, que inspiraram suas crônicas. Mantém a newsletter Andrea Me Conta. “Engravidei” é seu primeiro livro solo, uma ode à maternidade real e à cura pelas palavras.

 

18 de julho de 2025
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A mãe desnecessária

por rayla peixoto 18 de julho de 2025

  Sul Flumiensne 

Toda mãe nasce para ser no tempo certo desnecessária.
Duro, né? Se você é mãe, provavelmente pensou: “Eu nunca quero me tornar desnecessária para o meu amado filho!” Mas calma. Deixa eu te explicar essa teoria e, no fim, você me diz se concorda.

Quando eles nascem, a gente é tipo Wi-Fi: absolutamente essencial.
Se a mãe sai do cômodo, a criança perde o sinal. Ninguém mais sabe a temperatura certa do mingau, a altura exata do som da Galinha Pintadinha ou a entonação perfeita do “tá tudo bem, meu amor”.
Somos o centro do universo, o Google, o Uber, o iFood e o colo, tudo ao mesmo tempo. É cansativo? É. Mas também é glorioso. Porque, naquele caos, somos necessárias com força.

 

O tempo passa e dói um pouco

Mas aí… eles crescem.
E de repente, quem chorava porque você saiu pra tomar banho, agora tranca a porta do quarto. Quem pedia pra você ficar mais um pouquinho na beira da cama agora diz “pode ir, mãe”.

A Galinha Pintadinha vira fone de ouvido com músicas que você nem entende.
E aí começa a doer, porque ser desnecessária dói. A gente olha aquele ser humano autônomo e pensa:
“Mas ontem mesmo ele não sabia nem limpar o nariz sozinho!”

 

Crescer é também soltar (e confiar)

Deixar crescer é um ato de coragem, minha amiga.
Porque o instinto da mãe é o quê?
Embalar, alimentar, proteger e se deixar, colocar bolha de plástico em volta da criança até os 35 anos.

A gente quer tanto evitar que eles sofram que, sem perceber, sufoca.
Entra no modo Google Maps emocional: recalculando a rota da vida deles o tempo todo pra evitar qualquer buraco.

Mas se a gente não soltar aos poucos, eles viram adultos que não sabem atravessar a rua, pagar um boleto ou ouvir um “não” sem desmoronar.
E aí, em vez de criar um ser humano funcional, a gente cria um reizinho de pantufas que acha que o mundo gira em torno do seu drama.

Quando a desnecessariedade é amor

Ser desnecessária, no fundo, é um presente que a gente se dá de volta.
É sinal de que fizemos nosso trabalho direito.
Que fomos abrigo, mas não prisão.

Que cuidamos com tanto amor que eles se sentem seguros o suficiente para voar.

E, no fim, não é que a gente se torna desnecessária de verdade.
É só que o tipo de necessidade muda.

Eles não vão mais precisar que você amarre o tênis ou revise o dever de casa.
Mas vão lembrar do seu olhar quando o mundo parecer demais.
Do jeito que você ouvia, acolhia, dizia “tá tudo bem”.

Porque amor de mãe é assim: vai ficando invisível, mas nunca deixa de estar presente.
E é aí que mora a beleza de se tornar desnecessária.

 

 

18 de julho de 2025
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A maternidade e a adoção

por rayla peixoto 30 de junho de 2025

Sul Fluminense
Meu nome é Patrícia Augusta da Silva Brandão, sou professora, esposa do Dalton e mãe de três filhos que nasceram para mim através da adoção. Mas nem sempre foi assim.
Durante muitos anos, a maternidade foi apenas um sonho distante. Como tantas mulheres, me casei com o desejo de formar uma família, mas precisei enfrentar um grande desafio até ver esse propósito se realizar.
Acredito que minha história com a adoção começou ainda na infância, nas brincadeiras com bonecas, quando criava famílias formadas de jeitos diferentes. Sem perceber, meu coração já acolhia esse amor. Hoje entendo que Deus plantou essa semente cedo, e ela floresceu no tempo certo.

Um amor além do sangue

A adoção é uma escolha profundamente marcada pelo amor, um amor que vai além dos laços biológicos e que amplia o significado de ser família. É um processo que transforma vidas, que desafia conceitos e que ensina, dia após dia, que o vínculo afetivo é tão poderoso quanto o de sangue.
A experiência me ensinou que a maternidade, especialmente no contexto da adoção, é um exercício contínuo de acolhimento e ressignificação. É entender que cada gesto de cuidado é uma oportunidade de reconstrução. E que ser mãe, nesse cenário, é também aprender a esperar, a confiar, a doar-se sem garantias.
Neste artigo, convido você a refletir sobre os diferentes caminhos que levam à maternidade e sobre como a adoção, muitas vezes envolta em tabus e preconceitos, pode ser uma das expressões mais belas e potentes do amor humano.

A gestação da alma

Na “gestação da adoção”, o pré-natal é diferente. Não há ultrassons ou consultas com o obstetra. Em vez disso, visitamos a Vara da Infância, passamos por entrevistas, preenchimentos de formulários, cursos preparatórios e avaliações sociais.
Cada etapa carrega consigo a expectativa do encontro, a ansiedade pelo “positivo” que virá em forma de ligação, carta ou sentença. Enquanto uma mãe gestante acompanha o crescimento do bebê em seu ventre, a mãe por adoção acompanha o amadurecimento do desejo de ser mãe dentro do coração.
Prepara a casa, o emocional, a família. Lê sobre traumas, vínculos, sobre como acolher uma criança que já viveu histórias antes de chegar. É uma gestação invisível aos olhos, mas intensamente sentida na alma.
Essa preparação não é menos intensa ou significativa, ela apenas tem outro ritmo, outras dores e outras formas de nascer. E, quando finalmente acontece o encontro, não há como descrever a força desse momento. É como se o tempo parasse para acolher uma nova história sendo escrita ali, diante dos nossos olhos e corações.

Adoção não é caridade

Neste contexto é importante desconstruir esse conceito de caridade em relação à adoção e reconhecer que é um caminho legítimo de parentalidade, tão significativo e válido quanto a parentalidade biológica.
A ideia de “pegar um filho para criar” reduz todo o processo complexo e emocional da adoção a um ato de benevolência, quando na verdade é muito mais profundo e significativo para todas as partes envolvidas.
Adotar uma criança não é simplesmente oferecer ajuda a alguém necessitado, mas sim construir uma família, estabelecer laços afetivos e assumir a responsabilidade de criar e educar um ser humano com amor, respeito e dedicação.
É uma troca mútua de amor, cuidado e pertencimento, onde tanto os pais quanto as crianças encontram um novo significado para suas vidas.

Amar é permanecer

Amar alguém que chega ferido não é um conto de fadas. Crianças adotadas muitas vezes carregam traumas profundos, e o amor dos pais, por mais verdadeiro que seja, nem sempre rompe todas as barreiras de imediato. É na persistência diária, mesmo diante de silêncios e recusas, que o amor verdadeiro se revela.
Na adoção, amar é permanecer. É um amor paciente, que entende que curar leva tempo, e que escolhe continuar, mesmo quando o sentir vacila.
A adoção, sob uma perspectiva espiritual, reflete o amor incondicional de Deus por nós. Não é caridade, mas um ato de fé, de entrega e reconstrução. Um compromisso de amar, sustentar e transformar vidas com coragem e presença.

Uma missão de vida

Dar visibilidade à adoção e promover reflexões sobre esse caminho se tornou parte da minha missão de vida.
Escrevi o livro “Adoção: três corações e uma família” para compartilhar minha história e acolher outras famílias. Também uso as redes sociais como espaço de diálogo, informação e apoio para quem deseja adotar ou já vive essa realidade.
Atualmente, finalizo um novo livro infantil “A caixa amarela de Mikaela Tagarela”, para ajudar crianças a acolherem suas próprias histórias com amor e dignidade.
Acredito que contar a verdade com afeto cura, e que a adoção, quando vivida com coragem e entrega, é um encontro transformador.

 

30 de junho de 2025
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O novo luxo

por rayla peixoto 27 de junho de 2025

Sul Fluminense
Durante muito tempo, falar em luxo era falar em conquistas materiais. Era sobre relógios caros, carros velozes, roupas de marca e agendas lotadas. Mas, de uns anos pra cá, esse significado começou a mudar, e quem lidera essa virada são os jovens. O que antes era símbolo de status, hoje é sinônimo de excesso. E o verdadeiro luxo passou a morar em outro lugar: na simplicidade, no tempo livre e na liberdade de escolha.
Sou Luana Andrade, criadora do perfil Pecuária Descomplicada, um espaço onde compartilho minha rotina com a criação de gado e mostro como é possível viver o agro de forma leve, moderna e com os pés no chão, literalmente. E é exatamente nesse chão, onde brotam raízes e horizontes, que muita gente tem reencontrado o verdadeiro propósito e o significado de viver bem.

Luxo com propósito

Nessa nova leitura de mundo, luxo virou sinônimo de autenticidade. Estar bem consigo, cultivar vínculos reais, poder respirar sem pressa. A vida simples, limpa, sem marcas aparentes, ganhou um brilho próprio.
Segundo o relatório 2024 da Euromonitor, 65% da Geração Z prefere gastar dinheiro com experiências e bem-estar do que com produtos de luxo tradicionais. E mais: quase metade dos jovens quer deixar os grandes centros urbanos em busca de mais qualidade de vida.
Essa mudança se reflete também no mercado de trabalho. De acordo com o LinkedIn, os cargos mais desejados entre jovens talentos são os que oferecem flexibilidade, tempo e propósito, mesmo que o salário seja mais modesto. Ou seja: o novo sucesso não está mais ligado à ideia de subir andares, mas sim de conquistar horizontes.

Raízes no campo

E é aí que o campo entra em cena: a vida rural, que por muito tempo foi vista como algo distante ou até ultrapassado, agora aparece como um verdadeiro sonho. Mais que estilo de vida, virou aspiração.
O mundo equestre, por exemplo, cresceu entre os jovens de 18 a 35 anos: segundo dados da ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha), essa faixa etária aumentou em 31% entre os associados nos últimos quatro anos. São pessoas que desejam reconexão com si mesmas e com o que é essencial.

 

Liberdade de escolha

Esse movimento, silencioso, mas profundo, mostra que a verdadeira riqueza está em poder escolher. Escolher uma vida com propósito, com raízes, com sentido. Escolher plantar o próprio alimento, cuidar da própria saúde, viver em paz com o tempo. E, principalmente, escolher não precisar fugir da vida que tem.
No meu trabalho no Pecuária Descomplicada, tenho visto essa mudança bem de perto. Recebo mensagens de jovens que sonham em criar animais, cultivar o próprio sítio, ter uma rotina mais conectada à natureza.
E é por isso que acredito: o novo luxo é poder voltar para casa e se sentir em paz. É viver com menos, mas viver melhor.

Se antes riqueza era o que brilhava por fora, agora é o que acalma por dentro. E isso, pra mim, é uma revolução bonita demais de se ver.

Calça a bota e vem comigo.
O novo luxo já começou.

27 de junho de 2025
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O amor que transforma a gente

por rayla peixoto 25 de junho de 2025

Sul Fluminense

Sempre soube que queria ser mãe. Era um sonho que morava dentro de mim desde a infância e me fazia envolver a maternidade em todas as brincadeiras feitas no quintal de casa. Cada mulher com um bebê no colo que atravessava meu caminho fazia meus olhos brilharem e meu coração bater ainda mais forte. Eu suspirava baixinho para Deus: um dia, será a minha vez de ser mãe. Eu não sabia exatamente o que me esperava, mas tinha certeza de que, um dia, aquela história também seria minha.

Mas o caminho entre o sonho e a realização foi mais tortuoso do que imaginei. Um dia, finalmente, o teste deu positivo. Chorei, sorri, tremi. Era o começo do que eu acreditava ser o capítulo mais bonito da minha vida. Preparei uma surpresa para o meu marido, que vibrou comigo o início do capítulo mais bonito da nossa história. Contamos para os familiares mais próximos, e a celebração era linda de se ver.

 

Quando o coração para o mundo também para

Só que, poucas semanas depois, aquele coraçãozinho tão pequeno, que mal havia começado a bater, parou. E o meu coração partiu junto. A dor da perda gestacional é silenciosa, às vezes solitária, mas é imensa. Dói fundo, mesmo quando o mundo insiste em minimizar, mesmo quando dizem: “era muito pequeno ainda” ou “você é nova, vai tentar de novo”.

Só quem já perdeu um bebê, independente do tempo gestacional, sabe o peso do silêncio que fica. Não era “só um embrião”. Era meu filho. Era o início do meu sonho. Enterrar esse sonho — ainda que por um tempo — me fez questionar meu corpo, minha fé, minha capacidade de seguir em frente. Mas eu segui. E decidi tentar de novo, com medo e coragem dividindo espaço no mesmo peito.

Entre esperas, tentativas e fé

O tempo foi passando e o novo positivo não chegava. Alimentação saudável, exercícios físicos, terapias, chás naturais, consultas com especialistas, remédio para ovulação… O que está acontecendo? Será um castigo divino? Por que comigo? Foram tantos questionamentos, crises e noites sem dormir.

Meses depois, veio o novo positivo. Veio com lágrimas, mas também com uma alegria e amor que eu nem sabia que existiam em mim. Veio também com uma profunda solidariedade a todos os casais que enfrentam esse caminho tão doloroso da espera e inúmeras tentativas. Durante toda a gestação, carreguei o Felipe com um misto de gratidão e apreensão. Cada ultrassom era uma vitória, cada movimento dele era um milagre. E então ele chegou. E, com ele, eu renasci. A minha tão sonhada família, finalmente, aconteceu!

 

 

O puerpério e o nascimento de uma nova mulher

O puerpério não foi fácil. Ele atravessa qualquer mulher física, emocional e mentalmente. Ninguém prepara a gente para a intensidade das noites em claro, para o corpo exausto, para a avalanche hormonal que parece engolir quem a gente era antes. É um luto pela mulher que fomos e o nascimento da mãe que estamos nos tornando — tudo ao mesmo tempo. O amor pelo filho é indiscutível, incontrolável, mas não extingue completamente as dores. Uma coisa não anula a outra.

Em cada etapa dessa travessia, tive ao meu lado um companheiro que escolheu estar presente de verdade. A presença do meu marido fez toda a diferença: no silêncio da dor, na espera das tentativas, nas consultas, nas noites de incerteza, e agora, nas madrugadas em claro com o Felipe no colo. A paternidade dele também nasceu ali, junto com a minha maternidade. E saber que o amor que nos une também sustenta o nosso filho é uma das maiores forças que carrego.

 

A maternidade não me tirou de mim — me reconfigurou

Hoje, escrevo como mãe. Uma mãe que perdeu, que sonhou, que esperou, que chorou, que amou desde antes do primeiro choro do filho. E que segue amando, mesmo sem dormir, mesmo sem tempo, mesmo ainda tentando se reconhecer no espelho. Porque a maternidade não me tirou de mim. Ela só me reconfigurou. E essa nova versão de mim é mais forte, mais sensível, mais inteira.

A maternidade é dor e delícia. É ausência e plenitude. É desafio e transcendência. Mas, acima de tudo, é amor. Um amor que não cabe em palavras — mas que a gente tenta escrever, porque transborda.

 

 

Compartilhe com quem vive ou já viveu algo assim

Se esse texto tocou você de alguma forma, compartilhe com outras mulheres e vamos, juntas, conversar mais sobre a maternidade com mais verdade e menos romantização.

Convido você também a me acompanhar no TikTok @entrefraldaseamor, onde divido os bastidores da vida real de mãe.
E continue acompanhando essa e outras histórias aqui no Portal Delas.

 

 

25 de junho de 2025
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 Amor que transforma vidas

por rayla peixoto 2 de junho de 2025

Sul Fluminense

Nem toda família nasce da barriga. Algumas nascem do coração e, no Brasil, milhares de crianças e adolescentes ainda esperam por esse encontro.

De acordo com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),Hoje, mais de 33 mil crianças vivem em instituições de acolhimento no país. Dessas, apenas 4.375 estão legalmente disponíveis para adoção. Do outro lado, há mais de 36 mil pretendentes cadastrados no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Parece que está tudo certo, né? Mas não é tão simples assim.

O problema é o “perfil idealizado”: muitos candidatos sonham com bebês, preferem crianças brancas, sem irmãos e sem condições de saúde específicas. Enquanto isso, a maioria das crianças disponíveis já passou dos 7 anos, é preta ou parda, tem irmãos e carrega uma história que precisa ser acolhida, não evitada.

 

Como funciona o processo de adoção no Brasil?

Primeiro: adoção é gratuita. Isso mesmo. Todo o processo é feito pela Justiça e começa na Vara da Infância e Juventude da sua cidade.

Os requisitos são simples:

  • Ter mais de 18 anos;
  • Ter pelo menos 16 anos de diferença entre adotante e adotado;
  • Não é preciso ser casado. Solteiros, divorciados, casais homoafetivos, todos podem adotar.

Depois de reunir os documentos e se inscrever, o pretendente passa por entrevistas, avaliações psicossociais e um curso preparatório. Tudo isso para garantir que o novo lar será, de fato, um espaço de amor e cuidado.

Mais que um ato de amor: um compromisso com o futuro

A adoção é, sim, um gesto de amor profundo. Mas também é um compromisso com o bem-estar e o desenvolvimento de uma criança. E isso significa estar aberto a conhecer histórias diferentes da sua, aceitar a bagagem emocional do outro e construir, com paciência e afeto, um novo capítulo.

Amar é também estar disposto a desconstruir ideias: talvez a criança perfeita para você já exista, só não tenha o perfil que você imaginou.

 

E se eu quiser saber mais?

Se você se sentiu tocado por essa realidade e pensa em adotar, comece se informando. Acesse o site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e descubra como funciona o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Lá, você encontra todas as orientações sobre o processo e os primeiros passos para transformar a vida de uma criança, e a sua também.

Abraça abraços disney GIF en GIFER - de Ianllador

Porque família é onde existe afeto, presença e compromisso. E esse amor, quando acontece, transforma tudo.

 

 

 

2 de junho de 2025
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