Acolher é amar

Diário Delas visita o Lar Acolhedor de Barra Mansa

por rayla peixoto

Barra Mansa

Falar sobre crianças que vivem em abrigos é também falar sobre histórias interrompidas. Histórias de lares que, por motivos diversos, precisaram ser pausados temporariamente. Hoje, no Brasil, centenas de crianças e adolescentes estão afastados de suas famílias por decisão judicial, em nome da proteção. E enquanto o futuro é reestruturado, o presente precisa de cuidado, respeito e, acima de tudo, acolhimento.

Foi pensando nisso que o Diário Delas foi até o Lar Acolhedor, em Barra Mansa (RJ), uma instituição que atualmente cuida de 12 crianças e adolescentes, oferecendo abrigo e afeto, e tudo o que uma infância precisa para seguir se desenvolvendo com dignidade.

De acordo com o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, os direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Quando essa rede falha, instituições como o Lar Acolhedor entram em ação.

 

Rosângela Nogueira, coordenadora do abrigo, fala com amor sobre o impacto do acolhimento:

“As crianças vêm em busca de acolhimento. Às vezes, alguma violação ocorreu na família. Por isso, precisam de nós e do lar temporário”.

 

A rotina no Lar Acolhedor tenta ser a mais próxima possível de uma casa. Rosângela reforça que, embora seja um espaço institucional, há um esforço diário para que as crianças se sintam seguras, incluídas e respeitadas em sua individualidade:

“Eles ficam aqui como se estivessem realmente em casa. Vão pra escola, tem acesso aos serviços de saúde, como por exemplo as vacinas, e mantém atividades que já faziam regularmente quando estavam sob guarda da família. Então, toda a rotina deles é mantida e respeitada”.

 

Mas o amor pode, e deve, ir além dos muros da instituição. É aí que entra o Programa Apadrinhar, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A proposta é simples e emocionante: convidar a sociedade a participar diretamente da vida dessas crianças, oferecendo tempo, carinho, presença ou suporte profissional.

“Esse apadrinhamento afetivo é o programa que vai suprir a carência afetiva daquele acolhido por estar afastado de uma referência familiar. Ele vai visitar, levar para passear, passar finais de semana, até mesmo férias com ele.”

Existem também outras formas de participar. O programa permite o apadrinhamento como prestador de serviço ou como provedor.

“Um exemplo prático: Uma professora que gostaria de prestar serviço para a instituição só precisa se cadastrar e combinar os dias que pode vir aqui no lar oferecer aulas de reforço, por exemplo. Já o provedor é aquele que não quer aparecer, mas quer ajudar financeiramente um acolhido”.

 

Se você se emocionou com essa missão e quer fazer parte, basta entrar em contato com o Lar Acolhedor de Barra Mansa pelo telefone (24) 3322-0423. Eles vão te explicar como funciona cada modalidade e como participar.

 

E Rosângela finaliza com um convite que resume tudo:

“Você que deseja colaborar com as nossas crianças e adolescentes e se tornar padrinho ou madrinha, irá nos ajudar a fazer a diferença na vida deles promovendo um futuro brilhante”.

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